sábado, 13 de agosto de 2011

HORIZONTES


A leitura nos remete para a realidade (um contexto histórico/social) e para a fantasia. Um compositor, por exemplo, só pode compor um bom poema se tiver um pé na realidade (vivida ou conquistado através de seu conhecimento e adquirido, quase sempre, através da leitura) e o outro na fantasia (fruto do imaginário, quase sempre instrumentalizado na literatura). Um bom exemplo é a música "Horizontes" de Vítor Ramil, que estou ouvindo neste momento:

Há muito tempo que ando
Nas ruas de um porto não muito alegre
E que no entanto
Me traz encantos
E um pôr-de-sol lhe traduz em versos
De seguir livre muitos caminhos
Arando terras, provando vinhos
De ter idéias de liberdade
De ver amor em todas idades
Nasci chorando, moinhos de vento
Subir no bonde, descer correndo
A boa funda de goiabeira
Jogar bulita, pular fogueira
Sessenta e quatro, sessenta e seis, sessenta e oito um
mau tempo talvez
Anos setenta não deu pra ti
E nos oitenta não vou me perder por ai
não vou me perder por ai
não vou me perder por ai

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